Movimentação

Os turistas estão de volta a Pelotas

Estimativa da Sdeti é de que até o final da Fenadoce mais de 700 excursões tenham visitado a cidade

Carlos Queiroz -

Os olhares contempladores estão de volta ao Centro Histórico de Pelotas. Impulsionadas pelo retorno da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), em apenas dez dias quase 400 excursões chegaram à cidade. Pela estimativa da Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti), o total pode superar 700, com uma projeção de quase 25 mil turistas circulando não apenas pelos pavilhões do Centro de Eventos, mas pelo chafariz da praça Coronel Pedro Osório, pelo trapiche do Laranjal, pelas charqueadas, pelo Mercado Público, entre outros locais atrativos da cidade. Este movimento aquece e estimula diferentes segmentos que integram o trade turístico da Princesa do Sul.

Uma das turistas reservou a tarde de ontem para visitar o Centro Histórico. A porto-alegrense Laura Campos de Borba, 30 anos, conta que na última vez que esteve em Pelotas ainda era criança e pouco lembrava dos prédios. “Estou redescobrindo a cidade e o que me impressiona é a quantidade de prédios históricos restaurados e preservados”, disse a jovem professora da capital gaúcha. A próxima parada seria o Mercado Público, com a intenção de apreciar um café com um doce. “Como vou ficar uma semana, pretendo ainda visitar o Laranjal, a Catedral e a Baronesa, além da Fenadoce, é claro”, completa.

Mais atrativos
Em relação às últimas edições da Fenadoce, o titular da Sdeti, Gilmar Bazanella, observa uma mudança positiva no perfil do turista de excursão, que antes só visitava a Feira. Atualmente o visitante fica de um dia para o outro, movimentando a rede hoteleira e os restaurantes, para explorar os pontos turísticos da cidade. “Mas como nossos atrativos são bem espalhados, as pessoas não conseguem ter uma experimentação completa e, com isso, se sentem estimuladas a retornar em uma outra oportunidade.”

Para a Secretaria de Turismo, a Fenadoce é mais uma ferramenta para prospectar novos turistas, além de gerar resultado econômico para o município. E isso leva a pasta a um novo desafio: conseguir captar mais moradores de outras cidades através do Festival Internacional Sesc de Música. “Sempre que falamos em turismo são apontadas as dificuldades. Mas todos os locais são assim. Pelotas está pronta para receber essas pessoas, mas mantém o foco na preparação do trade turístico”, aponta Bazanella.

Um ponto de partida é o estande da Fenadoce da Sdeti e do Sebrae, que oferecem diariamente palestras técnicas sobre turismo e inovação. Para bem acolher o turista, no Centro de Eventos, as excursões que chegam são todas recepcionadas e o público recebe material informativo da cidade. “No Mercado há uma Central de Informações para o visitante e, futuramente, teremos números específicos sobre os turistas do ano inteiro”, informa o secretário.

Retorno
Uma das constatações da Secretaria de Turismo durante esta edição da Fenadoce é que, com maior número de visitantes de fora de Pelotas, como famílias vindo de forma individual, movimenta a rede hoteleira, restaurantes, bares e até o comércio local. “A questão de mantermos os pontos turísticos abertos foi tratada desde o início do ano. E não é problema, apenas fizemos alguns ajustes em horários. Com os resultados, ou seja, com uma resposta melhor, percebemos o trade mais engajado com a Sedti.” Um exemplo foi a movimentação nos hotéis da cidade, com praticamente 100% de ocupação, fazendo com que visitantes precisem procurar até motéis para o final de semana.

Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Pelotas (SHRBS), Eduardo Hallal, para a rede hoteleira a ocupação tem sido boa durante a semana. “E ainda muito boa de sábado para domingo”, destaca. Já em relação à procura por hospedagem em motéis, o setor atribui, além de à Fenadoce, aos shows nacionais que ocorreram no final de semana.

Para Hallal, este é um período positivo em que, conforme a avaliação dos turistas, a cidade poderá conquistar visitantes para o ano todo. “Estamos torcendo que se mantenha no restante do ano, pois até o momento os finais de semana são o grande problema dos hotéis, uma vez que a baixa ocupação de sexta a domingo impede a recuperação financeira, causada pelos prejuízos dos estabelecimentos durante os dois anos de pandemia”, comenta.

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